Pensamentos Efêmeros - Agora sim. Agora não.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Infância.

“Pé de condessa e goiaba
Quintal  só de terra
Cachorro p’ra judiar
Pé no chão
Preguiça de estudar
Mentir p’ra não apanhar

Bola de meia só no beco
Xadrez, jogo de botão
Ver desenho o dia inteiro
Perder o tampo do dedão

O nome marcado pela casa inteira
Roupa espalhada
Sempre chorou, sempre conseguiu (ou nem sempre)
Bolachinha: melhor receita do mundo inteiro!
Ficar horas no chuveiro
Ter fama de sorrateiro
Pegar amor por um travesseiro”

NALIER, Nayara.

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

"Ela"

Ela encontra o caminho, desvia-o pela dúvida.

Ela assegura o mal, aprimora a esperança.

Ela finge entender, dificil não é compreender e, sim, manter-se ileso.

Ela atina, desaprova, mas caminha branda, (in)segura e irredutível.

Ela oferece ao destino escolhas, recebe injúrias, declara-se soberana.

Ela aplaude e, até insatisfeita, acoberta o desapontamento.

Ela honra pai e mãe, Ela sofre sem consolo, Ela alegra sem cansaço..

Pronome, verbo e nada mais gramatical, máxime essência.

ELA-AMA-o que o destino há de escrever ...

... sensível, humana, meiga e, por vezes, aborrecida.

Alvoroçada que só Ela, enternecedora!

Ela a radiar, seja em sol de grande luz ou em céu semi-azular, Ela perdura.

Saceia-se por si só, excêntrica inaudita; Ela.

Flor de maracujá que dissemina na janela; flor-Ela.

Fascínio puro de alma pura que só tem nELA.

NALIER, Nayara.